terça-feira, 17 de março de 2020

MACONHA E SEU EFEITO (2)




A QUÍMICA

Entre 10 a 22 milhões de americanos usam maconha nos Estados 

Unidos da América.

THC = tetrahidrocanabinol, o componente viciante.

No passado a maconha tinha 1 a 6% de THC nas plantas, hoje tem entre 8 a 27%. Interessante essa concentração viciante para o mercado produtor e trafico.

O nome científico é cannabis sativa. Em outros países recebe outros nomes. Ela já era conhecida há pelo menos 5.000 anos sendo utilizada para fins medicinais. Foi descoberta cientificamente, que da maconha é retirado uma substancia que alivia ou abole náuseas e vômitos produzidos por medicamentos anticâncer e tem efeito benéfico em alguns casos de epilepsia. É uma substancia química produzida pela própria maconha, responsável pelos efeitos da planta. A quantidade de THC pode variar com as condições do solo, clima, época da colheita e estação do ano. Ela pode produzir mais ou menos efeitos, isso depende também do organismo de quem a usa, pessoas mais frágeis que usam um pouco e já faz efeito, pessoas mais resistentes ao THC e fumam maior quantidade. A dose que é insuficiente para um pode causar intoxicação para outro. O problema é que em grupo de jovens, no geral todos procuram acompanhar a mesma fumação do outro colocando assim com certeza o grupo no estado de dependência. Para o traficante é sempre interessante mostrar que pouco não dá o "barato”.


segunda-feira, 9 de março de 2020

MACONHA E SEU EFEITO (1)

https://clubedeautores.com.br/livro/maconha-e-seu-efeito




INTRODUÇÃO

Consideram um alívio oque conduz a uma viagem mental. Triângulo das Esmeraldas fica na Califórnia e existe o maior plantio e consumo de maconha já conhecido.
Filmes americanos fazem analogia sobre a liberdade e naturalidade do uso da maconha. Muitos filmes também mostram a facilidade do uso da cocaína. Na verdade a intensão do Governo em liberar o uso da maconha, é a arrecadação de impostos, assim como é feito com os cigarros. Se é um bom negócio para quem planta e para quem trafica, com certeza será um ótimo negócio para quem planta arrecada as taxas dos impostos.
 Mas, porque a maconha é objeto de discussão social tanto nas rodas de convivência dos jovens, nas redes sociais e dentro das igrejas? Porque ela se equipara as religiões onde alguns são adeptos e outros totalmente contra? Ela é realmente medicinal ou prejudicial para a saúde e vida moral?
Antes de votar contra ou favor no seu uso pessoal, seria melhor conhecer quem é realmente a que conhecemos pelos nomes: maconha, cannabis, hashish, mariajuana, canhamu entre outros nomes populares.
Sempre comparam seus efeitos e males com os dos cigarros e bebidas alcoólicas. Os jovens afirmam que esses outros são mais danosos do que a maconha. Isso é o que vamos conhecer. Danosa ou não, os governantes estão poucos preocupados se os cigarros de tabaco,bebidas alcoólicas, hormônios nos animais para abate, agrotóxicos nas plantações, transgênicos que transforma grãos se fazem ou não mal para a população. O importante é movimentar a máquina do capitalismo, importação e arrecadação de impostos. Para que isso aconteça é necessário derrubar as barreiras de concepções arraigadas nos lares e nas religiões que as famílias professam. Para isso manipulam o lado mais frágil da população: os adolescentes.
É por eles que tudo começa.

sexta-feira, 6 de março de 2020

MACONHA E SEU EFEITO


Quero apresentar o livro Maconha e Seu Efeito. Segunda edição, com a criação da capa como sempre de Natália Duarte Chuka. Ele tem formato pocket. Sua comunicação é bem simples para atingir os adolescentes. Escrevi este trabalho com o foco nos jovens que geralmente são enganados pelo "não tem nada a ver, pode fumar". O Governo Federal deveria fazer uma campanha intensa nas escolas públicas, postos de saúde,internet, Tv, em todas as mídias e não o faz. A campanha deveria informar o perigo do uso da droga e o benefício do Canabidiol (componente químico retirado da cannabis), que nada tem a ver com Cannabis Sativa (maconha planta). É uma leitura instrutiva, rápida como a necessidade dos jovens informatizados, que hoje tem resultados imediatos em jogos e apps como Whatsapp. Poderia ser utilizado em trabalho de grupo nas escolas para maior contato com o assunto sem contato com a droga. Está a venda no site www.clubedeautores.com.br

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

A MAGIA DE LER


Olá queridos leitores, vocês já compraram o livro sugerido depois da experiência aprazível de ler um pouco, O Nome de Alguém?  
Logo estarei falando sobre um livro interessante, SETENTA. 
Não vou descrevê-lo aqui, mas nas próximas publicações você saberá um pouco mais sobre ele, ou poderá ver no site 

Aguarde mais um pouco a nova leitura. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

O NOME DE ALGUÉM A VENDA NO SITE (FIM)


Querido leitor do livro O Nome de Alguém, você que acompanhou a leitura até aqui, terá o enorme prazer de folhear o livro ou mesmo tê-lo no seu aparelho de celular ou Pc, adquirindo no site www.clubedeautores.com.br 

Lá você encontrará todos os livros de minha autoria- Jucimara Ferraz.
Não sou a única autora a publicar o livro pelo site, são vários os assuntos, sei que você vai gostar muito.

O Nome de Alguém é o único romance policial que escrevi. foi para mim uma enorme alegria  realização de um sonho, porquê eu não nunca consegui escrever livros fictícios, e este se apresentou na minha mente depois de anos orando e pedindo para Deus uma inspiração. Espero que você adquira, presenteie, e faça seu comentário aqui, seguindo o blog, ou no meu email: jucimaracruz@zipmail.com.br

Para criar O Nome de Alguém eu tive que e pesquisar muito, e resolvi dar o nome dos personagens bem diferentes e cada um deles tem muito significado com a narrativa. No final do livro você encontrará o significado de cada nome. No facebook tenho um grupo com o nome do livro que você poderá participar, tirar foto com o livro e postar, e também deixar sua postagem de comentários. 
Muito obrigada e até a próxima leitura. 
Jucimara Ap. da Cruz Ferraz

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

O NOME DE ALGUÉM (8)


VOCÊ JÁ DESCOBRIU OS NOMES?
QUEM MATOU?

Me perdoe, eu não ouvi, estive confuso com uns compromissos e não ouvi nada. Mas, qual o problema?
- O problema é Nicolas, você sumiu e não o recebeu na noite combinada. Você teve uma atitude repreensiva uma vez que contávamos com você.
- Perdoe-me, esqueci-me do Nicolas, na verdade, é difícil lembrar-se de alguém que ainda não conhecemos e ainda mais eu com uma vida tão corrida...
- Sem desculpas meu jovem. Espero que seu esquecimento não me cause transtornos, sempre que precisou de mim soube onde encontrar.
Aquele homem desligou muito nervoso o telefone. Sua voz era cansada, porém, implacável. Como Bacuara poderia se lembrar de Nicolas com a cabeça a mil? Ficou muito preocupado não sabia qual seria a tamanha urgência daquele homem, mas pelo tom da voz, sabia que arrumou um inimigo.
O Delegado recebeu um comunicado não muito agradável. Foi encontrada a identificação das digitais daquele homem, porém, três identificações, três nomes. Um nome era Casper Bolívar já conhecido. Outro era Antonio Sarmes Filho, outro era Carlos Pedro Mhafuz. Qual era sua verdadeira identidade? Como o IIRGD poderia ter cometido tamanho erro fornecendo três identidades ao mesmo individuo? Isso faz notar que existe corrupção no órgão. Isso mostra que o caso vem de esfera de altíssima importância, de gente muito importante, de muito dinheiro envolvido. Seria tráfico de drogas? Seria tráfico humano? A mente do delegado viaja por várias possibilidades, chama para uma reunião seu investigador e pede informações para o IML a respeito de muitas outras dúvidas. Ele quer saber mais sobre pequenos detalhes.
- Clarinha querida, você sabe do muito apreço que tenho por você, por mim a muito tempo você já seria dona disto tudo, porque de meu coração você já é dona- diz senhor Odair muito preocupado.
-Mil perdões senhor Odair, eu fiquei um pouco confusa com a chegada de Nico, posso explicar tudo em detalhes para o senhor não se chatear comigo.
- Sente-se aqui comigo, Zé, toma conta do balcão que eu estou ocupado agora! Clarinha, quem é este rapaz Nico que você nunca me falou dele?
- Nico é irmão de criação, mamãe o adotou meses depois que meu pai morreu. Ela se sentia muito sozinha, Nico foi abandonado na igreja na nossa cidade. O padre entregaria o menino para a adoção, mas minha mãe se apaixonou por ele e chorou muito pedindo sua adoção ao padre. Naquela época as coisas não eram tão difíceis como hoje; acabou o padre José Bento ajudando minha mãe concretizar a adoção. Por amor a minha mãe, batizei Nico e ele não só é meu irmão por adoção como também meu afilhado. Mora perto de Tocantins,e telefonou para mim um mês atrás dizendo que viria para cá me visitar.Que ficaria aqui uma semana, que depois iria para São Paulo onde tinha a chance de um serviço muito bom. O problema é que ele não me disse a data exata que viria, e eu fui pega de surpresa quando chegou muito tarde. Já providenciei a pousada para ele.
Senhor Odair olhava para Clara indignado.
- De jeito nenhum Clarinha, se é seu irmão, você deveria ter me contado, eu hospedo ele na minha casa o tempo que ele estiver aqui. Só não concordei a maneira que ele chegou por aqui e fomos apresentados dentro do banheiro da mercearia.
- Eu sei que foi desagradável meu amigo, quando Nico chegou e me telefonou, foi tudo muito confuso, eu estava cuidando do jantar e o senhor já não estava mais aqui. Quando fui me encontrar com Nico, vi o Zé fechando a porta da mercearia, foi quando pedi ajuda dele, se ele poderia hospedá-lo somente por aquela noite. Ele disse que a esposa dele não ia aceitar assim de supetão. Então pedi para deixá-lo dormir na mercearia que eu falaria com o senhor.
- Olha Clarinha, você está perdoada, não se preocupe nada de ruim aconteceu. Pelo ao menos ele estava seguro aqui dentro, você viu o que aconteceu no Condomínio Águas de Março, justamente naquela noite. As coisas estão ficando meio perigosas por aqui.
- Ora senhor Odair, muito obrigada pela sua atenção. Eu nem gosto muito de saber sobre este assunto do assassinato fico agitada,
não gosto de violência, pior quando acontece tão próximo da gente, isto me deixa ainda mais atônita.
- Clarinha, vá buscar o Nico na Pousada, deixe de jogar dinheiro fora, ele será meu hospede pelo tempo que precisar.
Vladimir estava reunido com Vonda e seu velho pai, de portas fechadas. Esta reunião durou por duas horas. Vladimir deu sua palavra ao pai que não desistiria de ajudar Vonda e a mãe a cuidar dos negócios. Esta reunião serviu para afastar o pai definitivamente dos negócios. O velho disse:
-Não quero mais saber dos movimentos financeiros, não quero mais assinar papel algum, nem tão pouco saber de algum problema nem no Brasil como em Smolensk. Sua mãe tem disposição e confio muito em vocês, mas você Vladimir, tem por minha autoridade de pai a obrigação de ser meu primeiro homem. A partir de hoje a direção de todos os negócios fica com você e Vonda. Quando for necessário estar em Smolensk, Vonda estará lá, daqui você não sai. Não quero mais Vália viajando para a empresa, quem cuidará dela como sócia é você Vladimir. Deixei claro, ou existe alguma dúvida a ser esclarecida?
- Não pai, por mim está tudo muito bem definido.
Saindo da sala, os irmãos vão para o escritório da empresa onde procuram por mais noticias sobre alguns assuntos que estavam pendentes nas mãos do pai.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

O NOME DE ALGUÉM (7)

Iniciaram-se os depoimentos pelos apartamentos da cobertura. Nada que pudesse relacionar Casper com qualquer pessoa ali. O problema realmente tomou forma no andar acima de onde ele foi encontrado morto. Tinha um apartamento vazio. Estava vago ou pelo ao menos o novo morador ainda não havia circulado pelos arredores. Havia uma possibilidade que a vítima morasse ali, mas, ainda era necessária autorização do Juiz para invadir aquele apartamento, somente depois que o delegado conhecesse os depoimentos de todo o condomínio é que sairia a permissão.
- Senhorita Letícia, gostaria que a senhorita ficasse a vontade para narrar como foi que chegou a seu conhecimento a respeito daquele corpo encontrado perto de sua porta.
- Foi assim doutor, abri a porta do meu apartamento para aguardar minha amiga no hall do condomínio. Foi quando me deparei com aquela cena terrível. Voltei para dentro, telefonei para ela, eu estava muito nervosa, foi uma situação que me deixou chocada.
- Que horas a senhorita saiu de seu apartamento?
- Eram 6 horas.
- A senhorita trabalha?
- Sim, sou modelo de fotográfica e tenho uma loja de roupas.
- E onde a senhorita esteve até aquele momento dos fatos, no apartamento a noite toda ou havia voltado em algum outro momento?
- Eu não saí mais desde a noite anterior, cheguei em casa por volta da 1 hora. Eu estive em uma festa anteriormente.
- E com todo o respeito, não esteve mais ninguém em seu apartamento naquela noite? Algum amigo ou amiga, parente...
- Sim doutor, esteve um amigo em meu apartamento que saiu pelas 5 horas. Não sei se ele viu alguma coisa, se já tinha acontecido alguma coisa, ele não me telefonou, não voltou para trás, não sei muito bem o que pensar...
- Como é o nome dele?
- Bacuara. Só sei isso, parece que é repórter. Não sei ao certo onde ele mora, só tenho o celular dele.
-Então vou anotar o número dele, se a senhorita não se importa.
- Posso lhe fazer uma pergunta?
- Se eu puder responder!
- Como é o nome daquele homem delegado?
- Não posso informar ainda, é segredo pertinente à investigação. Mas pode ter certeza que ainda esta semana teremos a confirmação do nome dele.
Bacuara estava muito chateado, novamente viajando naquele trem pelo mesmo motivo. A impressão que ele teve a respeito de Malaquias foi ruim pelo fato dele não ter comparecido ao encontro marcado para negociar a matéria. Depois de duas horas esperando, a secretária marca novo agendamento, o que será que aconteceu? Ele tinha tanta convicção do que queria... Voltou para casa e lembrou-se que Letícia não telefonou para lhe contar o que aconteceu, ele não tinha coragem de ligar para Letícia, ela poderia pensar muita coisa a respeito daquele dia. Ele não queria um compromisso sério, só uma boa amizade. Mas a curiosidade do que ocorreu naquela noite trás para perto de si a vontade de falar rapidinho com Letícia. Seu telefone toca e uma voz muito nervosa do outro lado:
- Alô, Bacuara?
- Sim, pode falar.
- Porque você não respondeu meu telefonema dois dias atrás? Era muito importante.
- Você me telefonou? Não pode ser, não tem nada no telefone.
- Você não ouviu sua caixa de recados? Você é muito desleixado!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

O NOME DE ALGUÉM (6)

- Quem é você e como entrou aqui?
-Eu não roubei nada, só esbarrei numas garrafas por estar escuro e não fiz mais nada de errado, juro para o senhor.
- Eu não te conheço, como posso saber se é verdade isso? Saia já daí e fique de pé para falar comigo.
- Sim senhor. O jovem estava muito assustado. Não tinha como acalmar o senhor Odair que depois de muitas perguntas sem respostas, finalmente ele falou:
-  Sou irmão da Dona Clara. Ela me pediu para sair daqui antes do amanhecer, mas eu acabei dormindo e perdi a hora.
- Clara, a Clarinha? Mentira, você nem se parece com ela seu cão mentiroso, vou chamar a policia e você vai ter que se explicar direitinho.
- Por favor senhor Odair, eu vou ficar no banheiro até o senhor conferir tudo para ver se falta alguma coisa, e se faltar, eu pago agora mesmo, caso eu tenha lhe dado algum prejuízo também pago agora mesmo.
Odair muito desconfiado telefonou para Clara para saber desta confusão.
-  Por favor, Senhorita Clara, é Odair da mercearia, posso falar com ela um instante? Alo, Clara, eu preciso confirmar uma coisa contigo. Quando abri esta porta hoje, levei um baita de um susto, um rapaz no chão do banheiro, e disse que é seu irmão, é verdade isto?
- Bom dia senhor Odair, sim, é verdade, só ficou muito constrangida por que não era para ele estar mais ai. Seu funcionário se comprometeu em abrir a porta ainda no cair da manhã para ele ir embora.
- Mas Clarinha, por que você não me disse nada nem me consultou?
- Mil perdões senhor Odair, é que ele está de passagem pela cidade, chegou de surpresa, e o senhor sabe como é, minha casa é aqui, não tenho como hospedá-lo na mansão. Eu teria que explicar muitas coisas para a Dona Vália, principalmente o fato de ele ser moreno e bem diferente de mim.
- Vá trabalhar Clarinha, mas estou esperando uma conversa contigo ainda hoje. Tenha um bom dia.
Desligou o telefone, olhou nos olhos assustado do rapaz e disse:
- Muito bem, não sei seu nome ainda, e quero tomar um café com você, quero entender mais um pouquinho desta história louca.
- O senhor pode me chamar de Nico, me perdoe por assustá-lo tão cedo assim.
O senhor Odair ligou o rádio enquanto preparava o café e vendia os pães no balcão. A mercearia recebendo o movimento diário, e lá dentro não se falava em outro assunto:
- Quem será que morreu lá no Águas de Março?
- Não estou sabendo deste assunto. Morreu como?
- Foi encontrado morto perto do elevador, foi assassinado. A cabeça rachada ao meio, que horror!!!
- Ave Maria ! Quando foi que isto aconteceu?
- Dizem que foi nesta madrugada, mas não tem nenhum suspeito, ninguém viu nada. O assunto ferveu o dia inteiro. Dias depois a comunidade resolveu que era de máxima urgência descobrir logo quem matou aquele homem. Quem seria aquele homem?
ASSUNTO DE POLÍCIA
Drº Zalman estava sentado com dois de seus investigadores recebendo o relatório e a minuta da perícia técnica.
- Bem, o senhor sabe que o que temos ainda é pouco. O morto ainda não foi identificado, estamos aguardando ordem judicial para publicar o rosto dele em cartazes e colocá-lo na mídia.
- Sei, muito intrigante, o que mais temos?
- Sabemos que ele tinha resíduos de azeite de oliva e de farinha de trigo nas pontas dos dedos.
- O que mais descobrimos?
- Ele não tinha teor algum de bebida alcoólica no corpo, somente água. Nada nos bolsos para identificá-lo, recebemos do IIRGD a identificação pelas digitais limpas como sendo de um homem
chamado “CASPER BOLIVAR” natural de Cristais Paulista. Ainda estamos buscando mais sobre ele.
- Casper Bolivar, nome diferente, eu nunca conheci ninguém com este nome. Ainda estamos na estaca zero. Quero ouvir o depoimento de todas as pessoas daquele condomínio. Marque duas pessoas por dia e eu quero ouvi-las pessoalmente.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

O NOME DE ALGUÉM

Então pessoal, parei de postar os capítulos do livro e ninguém cobrou e nem vi seguidores registrados no blog. Onde estão meus seguidores queridos? Onde estão os leitores apaixonados agora que estou dando esta colher de chá publicando no blog os meus livros?
Quero lembra-los mais uma vez, que os livros estão a venda no site www.clubedeautores.com.br
Tem livro físico e e-book.
Por enquanto vamos aproveitando a leitura por aqui. Indique este blog e siga para receber aviso de novidades.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

O NOME DE ALGUÉM (5)

ROTINAS
- Por gentileza, meu nome é Bacuara, poderia avisar o senhor Malaquias que estou aqui?
- O senhor Malaquias ainda não chegou, se quiser aguardar um pouco fique a vontade.
- Eu aguardo sem problemas, também cheguei um pouco atrasado do horário previsto.
- O senhor aceita um café, água?
- Sim, aceito ambos.
Fixo em um ponto perdido, lembrou-se de alguns detalhes que desenvolveu em sua pesquisa a pedido do senhor Malaquias. Ele fez questão que Bacuara pesquisasse a nível mundial a reação de mulheres na faixa dos 20 aos 40 anos de idade em suas situações financeiras (se flutuantes ou estáveis), depois a faixa dos 60 aos 80 anos na mesma situação. Ponto de vista e número de filhos. Foi o momento mais difícil para ele, mulheres mais idosas não gostam muito de falar de suas experiências financeiras, principalmente em se tratando de mencionar que um dia tiveram dinheiro e acabaram na velhice sozinhas e dependendo dos benefícios da sociedade. É complicado também verificar mulheres de baixa renda com maridos ou companheiros ignorantes a respeito das intenções da pesquisa. Seus pensamentos iam longe, lembrando de cada detalhe, detalhes e dificuldades nas filmagens. Valeu a pena, esta reunião seria muito proveitosa. Bacuara preparou um DVD com tópicos em resumo de toda a pesquisa e sabe que irá atrair muita atenção do filósofo. O fato é que Malaquias deu um voto de confiança para Bacuara que afinal vinha de um trabalho totalmente diferenciado com relação a trabalhos televisivos. Seu trabalho era mais gráfico e ficava a espreita do público. A Internet era seu mundo. Hoje o mundo é sua realidade.
Dona Clara não entendia por que este movimento estranho logo cedo, tinha que ouvir as notícias, elas não eram muito agradáveis.
“_ um homem branco, não identificado, bem vestido, aparentando quarenta de cinco anos de idade foi encontrado morto esta manhã no Condomínio Águas de Março localizado no Parque Primavera. Conversando com moradores do condomínio, ninguém conhecia aquele homem, não se sabe exatamente a que horas o crime aconteceu, só se sabe que ele foi encontrado caído no meio do corredor do terceiro andar, próximo ao elevador com a cabeça partida ao meio.”
Preferiu desligar o rádio e voltar ao serviço, afinal, o café da manhã dos meninos de seu patrão. Logo a fisioterapeuta estaria chegando para mais uma sessão na banheira e não queria deixar nada de fora de sua atenção. Quando Vonda descia as escadas, seu celular tocou,ele já ecoou um sorriso fugaz.
-Bom dia meu nobre amigo, bela manhã a de hoje não é?
- Você não ouviu as noticias desta manhã?
- Nem cheguei na mesa do meu desjejum amigo!!!
- Ligue ai na TV e assista, depois eu te ligo.
- É coisa ruim?
- Depende do ponto de vista.
Olhando curioso para dona Clara, ele pediu para que ligasse a TV.
- Aconteceu alguma coisa senhor?
- Não, só estou curioso. Minha mãe já viajou?
- Sim. Saiu cedinho, sabe como ela é sistemática com horários.
- Mas o que é isto, um assassinato no Águas de Março, como foi isso?
Clara ficou passada, não queria mais ouvir sobre este assunto, só queria continuar o dia. Agora era Vonda quem este ligado na TV por isso.
- Dona Clara, peça para servirem meu café por aqui mesmo, quero saber melhor sobre isto. Alô, escute, é liguei a TV, que situação escandalosa, nunca imaginei um crime naquele condomínio...
- É Vonda, eu estava indo para lá quando ouvi a notícia pelo rádio do carro. E agora?
- E agora, fique quieto, vamos ver como vai correr este assunto. O pior é a mídia que não vai sair de cima. Você já soube de algo por Letícia?
- Não, ela não atende ao telefone.
- Nem o celular?
- Nada, deve estar assuntada ou então foi trabalhar bem cedo e não viu nada, não se sabe a hora do crime.
- Então está bem, mais tarde a gente se vê.
Odair levantou a porta da mercearia, já estava atrasado uns quinze minutos, foi logo abrindo a janela dos fundos e observou uma quantidade de garrafas de refrigerante caídas pelo chão, dois pacotes de macarrão. Achou estranho, será que tem ratos aqui dentro, pensou ele, afinal a porta estava muito bem trancada. Foi no caixa, e não viu nada de errado, mas quando chegou no banheiro ficou assombrado.
- Meu Deus, que susto é este? Quem é você, vai me matar?
- Não, de jeito nenhum senhor, por favor, não grite, por favor...
Era um jovem de estatura mediana, cor parda, aparentado ter vinte e cinco anos, encolhido no cantinho atrás da porta.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

O NOME DE ALGUÉM (4)

- Não, eu preciso de um favorzinho seu, você poderia me emprestar seu carro depois da reunião? Preciso fazer umas compras para a loja, é um dia de preços ótimos, estive vendo a pouco pela Internet. Meu carro só sai da revisão amanhã. Amanhã é tarde demais.
- Olha, vamos fazer assim, passo no seu apartamento daqui a pouco, pego você, você me deixa no prédio e leva o carro. Mas, traga-o de volta às 16 horas, eu tenho que ajustar algumas coisas mais tarde.
- Então vou tomar um banho rápido e tomo café depois; obrigada amiga.
Mal desligou o telefone, chegou outra ligação.
- Alô!
- Abnara, bom dia, já de pé?
- Sim Abigail, dormi ao lado do telefone esperando você telefonar. Você demorou muito, o que houve?
- Muito sem graça você. E então, o que você resolveu sobre o apartamento, precisa entregá-lo ao novo proprietário. Já estou sem cara para dar desculpas para ele. Ele me telefona todos os dias.
- Eu sei Abigail, só que eu preciso de mais um tempo. Se o apartamento pertence aos quatro irmãos por que só você me pressiona para sair?
- Já conversamos mil vezes sobre isto.
- E nas mil vezes André e Ícaro não me cobraram nada, não me procuraram para nada, as partes tem que ser dividas por igual.
- Mas você vai receber sua parte...
-Me dê mais uns dias, onde vou morar, na rua?
-Quantos dias?
- Uns.
_ Ligo para você amanhã.
Quando Abnara estava abrindo a porta para sair, toca o telefone de novo.
_ Abigail, tenho que sair, amanhã...
- Abnara, me ajude!
- Letícia, o que foi? Já estou saindo, espere um pouco.
- Abnara, me ajude... (e chorava copiosamente).
O desespero de Letícia deixou Abnara desconcentrada, nervosa, largou tudo e saiu correndo. O que poderia ter havido com Letícia? Imaginou milhões de situações e finalmente chegou ao apartamento. O que poderia ter acontecido? Carro de polícia, ambulância, rádio local. Sua preocupação aumentou muito. Tentou passar pelo cerco, Drº Zalman impediu pessoalmente. Ela argumentou, disse que sua amiga ligou para ela chorando e desesperada, ela precisava subir. A situação ficou muito difícil, Abnara ligou para o celular de Letícia e avisou que estava na rua, a polícia não deixava ninguém subir, Letícia confirmou que ninguém poderia sair, um homem foi encontrado morto no corredor do seu andar.
O silêncio rompeu o desespero de ambas.
Drº Zalman estava nervoso, já no final de seu plantão e mais esta situação. Não poderia ir embora e deixar tudo nas mãos de Benegas. Isolar a área, esperar a polícia técnica, controlar os repórteres era estressante. Principalmente para quem não dormiu a noite toda aguentando bêbados, mulheres espancadas por seus maridos, roubo de residência, a situação estava terrível. Parece que todos os crimes foram cometidos somente em uma única noite. Quem era aquele homem e como aquilo tinha acontecido?
O quarteirão se fechou de pessoas curiosas, ninguém conhecia aquele homem no prédio. De onde vinha à ligação informando sobre o ocorrido? Eram as primeiras perguntas de Drº Zalman. Para Letícia o dia estava perdido, para Abnara, tinha que começar de qualquer maneira. A notícia já estava em primeira mão na rádio local, o repórter não poupou uma discrição sensacionalista. Dona Vália ficou aterrada com o fato. Que seria aquele homem encontrado em situação tão desgraçada? O prédio que ele foi encontrado era de boa reputação, pessoas de alta categoria. Na mesma hora Dona Vália foi até os quartos verificar se estava tudo bem com Vonda e Vladimir. Ela batia levemente em seu tórax para lembrar do controle com asma, sabia que poderia prejudicar muito uma crise naquele momento. Tudo calmo, um já estava de pé tomando banho, outro ainda roncava o sono dos anjos. Que pesadelo, coitado daquele homem. Dona Vália pediu para Clara que acompanhar aquele assunto, quando ela voltasse de viagem, queria saber se conhecia ou não aquele homem. Não queria pensar mais nisto durante o tempo da viagem. Clara ficou atenta ao assunto, apesar de não ter nada haver com ela. Para ela isto era com a polícia, e não conseguiu entender porque o interesse de Dona Vália naquele caso terrível.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

O NOME DE ALGUÉM (3)

Na semana passada ele esteve rapidamente na antessala do quarto do seu patrão onde ela mesma serviu-lhe um café com conhaque. Nunca conseguiu descobrir o nome daquele homem. Nem sabe se já atendeu algum telefonema dele para a casa, pois não tinha como ligar o nome à pessoa. Uma governanta jamais pergunta, só responde se viu, não se lembra, se lembra de somente para governar outros empregados. Ela só sabe dizer que desde a primeira vez que viu aquele homem, seu coração se encantou, o mundo parecia girar ao contrário, ele sorriu para ela algumas vezes. O dia que ele agradeceu o café com conhaque, tocou levemente seus dedos e piscou sem que seu amigo percebesse. É realmente o senhor Odair estava perdendo espaço para aquele homem.

O CENÁRIO CRUEL
Bacuara era um homem simpático, trinta e oito anos de idade, profissional liberal, foi casado uma vez, mas não se adaptou com a vida a dois. Precisava de tempo para desenvolver seus estudos e pesquisas sociais, uma companheira requer tempo e muita atenção.
Seus cabelos ruivos, leves sardas no rosto, 1m83cm de altura, olhos cor de mel, um homem que chamava atenção por onde passava, mas, era tão distraído que não percebia este detalhe na sua vida. Pelo seu esforço e dedicação no seu trabalho recebeu alguns prêmios, mas isto não era o que movia seu coração, Bacuara queria conhecer mais e mais o mundo ao seu redor. Quando convidado para festas, era o primeiro a chegar e quase o último a sair, afinal, em algum momento ele queria exercitar seu poder de sedução, nunca falhava. Excedia um pouco na bebida, mas tudo bem, as vezes é necessário para preencher o vazio de sua rotina. A noite passada foi uma destas noites de uma bebidinha, uma gatinha, mas teve que terminar cedo deveria entrar no trem das 6h30m, seu encontro com um filosofo renomado era muito importante, além de ficar mais conhecido pelas redes de TV, receberia um bom dinheiro pelo seu trabalho. Era assustador para um homem tão pacifico como ele, a sensação terrível que sentira naquela madrugada. Ver um homem morto banhado em sangue logo ao abrir a porta do apartamento, era fora do normal, e uma cena que não saia de sua cabeça. Quem seria aquele homem? O que haveria de ter acontecido? Será que não estava vivo e ele deixou de prestar socorro a um homem sufocando em sangue? Sua mente rodopiava e não se chegava a lugar algum. Era um misto de medo, terror, impotência e arrependimento, era terrível se sentir assim, mas isso já era uma característica de seu caráter, desde criança se omitia em assuntos contundentes com medo dos resultados, era introspectivo nestas circunstâncias. Depois de rodopiar pelos quarteirões, resolver tomar o trem, seguir adiante e tentar esquecer o que viu na saída do apartamento de sua nova amiguinha da festa da noite anterior.
Ele tinha esperança de ouvir algum comentário entre as pessoas dentro do coletivo, mas, nada, -“Será que ainda não encontraram o corpo? E Letícia, qual será a reação dela quando abrir a porta de seu apartamento e der de cara com um homem atirado ao chão banhado de sangue?”
Assim foi a viagem de Bacuara, tomou seu café quando chegou ao destino e finalmente pode se distrai com seus compromissos.
O telefone toca mais uma vez, Abnara sai do banho, refrescada prepara seu café, sua reunião só começaria daqui uma hora, dava tempo para um bom desjejum. O que incomodava era Abigail ligando periodicamente para crucificá-la por causa da quitinete. Resolveu atender ao telefone e aturar a chateação do dia.
_ Alô!
- Alô, Abnara é a Letícia, bom dia, desculpe acordá-la tão cedo.
- Oi Letícia, pensei que fosse Abigail de novo, mas com certeza ela ligará na seqüência. Você não me acordou, tenho uma pequena reunião daqui uma hora, qual é o problema, caiu da cama?


sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

O NOME DE ALGUÉM (2)

Dona Vália era uma senhora da sociedade de origem russa, veio para o Brasil em 1937. Apesar da distância, sempre que podia visitava a bela cidade russa chamada Smolensk é uma cidade industrial, principalmente nos ramos eletrônico, têxtil e alimentício. Até 1939 a cidade pertenceu à Bielorrússia. Vem daí a pequena fortuna da jovem senhora de 73 anos de idade. Seu marido vive em uma cadeira de rodas, seus dois filhos sempre foram umas novelas para ela. Vladimir e Vonda. Quando um filho termina com problemas a respeito de mulheres e bebidas o outro filho começa tudo de novo. Quando este termina o outro inicia outros problemas como os de viagens intermináveis e gastos desenfreados do dinheiro suado da família. Quando este filho termina com este problema, o outro inicia e assim se
vai. A diferença de idade entre os dois era de dois anos. Porém, marcante para Dona Vália é que quando um filho resolvia trabalhar serio e firme nos negócios da família, o outro também, parecia que um controlava o outro. Apesar desta situação inusitada, ambos eram amigos e confidentes um do outro; tinham mais amigos, uns amigos em comum, outros eram estranhos entre ambos, mas tinham defeitos que lhes caiam como vértices de um ângulo moral.
Dona Vália já estava de pé às cinco horas e trinta minutos, tinha que se preparar para um forte desjejum, um banho de sais, o dia seria longo pela frente. Tinha que deixar tudo muito bem ajustado em sua rotina tinha que partir às nove horas rumo Smolensk e estar de volta em sete dias. Sua viagem estava programada para assinar papéis de suma importância para as vendas de uma de suas pequenas indústrias têxteis. Seu marido passaria por uma cirurgia muito delicada dentro de vinte dias e este assunto tinha que ser finalizado logo. Dona Vália era sua procuradora, tinha que cumprir com suas metas o mais impecável possível. Dona Vália sofria de um mal que a acompanhava por toda sua vida. Era asmática. Ficar nervosa era proibido para ela, então, dona Vália desenvolveu métodos de controle de seu humor através da natação, música calma, controle das situações, tudo o que seus filhos faziam era parte do seu bem estar, afinal, ela teve alegria de ter seus dois belíssimos filhos, e depois seu marido se tornou impotente por causa do derrame. A vida foi muito boa para ela, ela queria mais é curtir a cada momento.
Odair era um senhor muito simpático, dono da venda a duas esquinas da delegacia. Esta venda não tinha grandes significados até aquela manhã. Mas, o senhor Odair era um português muito brincalhão, bonachão por causa de sua enorme barriga e seu velho habito de tomar chopes. Não fechava a venda antes de tomar uns três copos de chopes. Em dias de festa tomava chope escuro só para mostrar a todos que era um dia especial. Ele era viúvo, vivia de namoricos com a governanta de Dona Vália. O único problema é que Dona Clara tinha vergonha do jeito bonachão do senhor Odair, e jamais saia para passear com ele na cidade, só na cidade vizinha. Nunca permitiu que o mesmo avançasse o sinal, afinal, ela não era uma mulher desfrutável e guardava em si seus preceitos de uma família cristã. Depois que ela ficou viúva, jurou para Deus que só se casaria de novo quando recebesse a confirmação do céu quem seria o homem correto, senão, ela morreria viúva.Dona Clara tinha 37 anos de idade e uma educação notável, falava fluentemente três línguas além da sua origem, artista plástica, dançava valsa como uma garça, foi contratada por dona Vália por indicação de uma amiga da sociedade que havia recebido aulas de boas etiquetas com Clara. Odair jura que ele é o tal homem indicado por Deus, ela que não quer ver o que está diante dela. Na verdade, dona Clara não tinha certeza de seus sentimentos com relação a Odair, seu coração batia mesmo era por um homem que ela nunca soube o nome, mas que por diversas vezes viu o mesmo visitando seus patrões. Um dia foi no café da manhã, outro dia foi durante um almoço, mais dois dias no chá da tarde.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

O NOME DE ALGUÉM (1)


APRESENTAÇÃO: Romance policial, escrito em 2010, segunda edição 2019.
Registrado sob nº 704.051
Capa por Natalia Duarte Chuka. 
Autoria de Jucimara Aparecida da Cruz Ferraz.

Somos Todos
Não era possível aquilo estar acontecendo da maneira que se via; para Bacuara aquilo parecia o fim do mundo. Tudo parecia tão rotineiro e de repente, seu coração parecia que ia sair pela boca. Seus passos eram rápidos e incertos, queria voltar para trás, pois tinha um compromisso a cumprir, mas se voltasse a cena se repetiria diante de seus olhos e aquilo parecia-lhe horrível. Bacuara trazia em suas mãos um DVD da última filmagem que fizera sobre os hábitos de mulheres de classe baixa. Este serviço seria de alto valor e ele ficaria muito conhecido nas redes de TV do Brasil. Agora estava ali, tenso, com o seu trabalho guardado numa pasta de couro e suas esperanças tendo que esperar até a próxima oportunidade. Seu celular toca copiosamente, mas, Bacuara estava tão compenetrado em seus pensamentos que não se deu conta do chamado. A recado foi deixado na caixa de mensagem. Ainda era muito cedo então resolveu caminhar pelas ruas até o comércio local abrir e tomar um café, só então resolveria o que faria depois.
Abnara ainda sonolenta entrou meio que cambaleando no banheiro, só um bom banho quase frio poderia acordá-la definitivamente. A noite não foi uma das melhores, suas dívidas não a deixavam pregar os olhos muito cedo. Abigail sua irmã medonha não parava de pedir que saísse da pequena quitinete que sua mãe deixou de herança para quatro filhos. As ligações de Abigail eram sempre em momentos estranhos e sua comunicação verbal era infeliz pareciam duas estranhas. Abnara ouviu seu telefone tocar, resolveu não atender, afinal, estava se concentrando em seu banho milagroso e pelas horas,deveria ser a gentil Abigail. Ouvir Abigail às cinco horas da manhã era um castigo, será que ela não dorme?
Drº Zalman trabalhava na delegacia local, era um delegado muito respeitado, toda sua família era conhecida, porém, duas cidades de distancia dali, afinal, é muito perigoso à família de um delegado ficar a mercê de vingadores desequilibrados. Drº Zalman tinha 42 anos de idade, e fazia um trabalho perfeito tanto em investigações como em flagrantes. Sua equipe era muito unida, quando acontecia de aparecer um novo membro da equipe, que sentiam certas diferenças e apatias, logo era transferido ou entrava nos eixos, o que não poderia era desequilibrar a união.Em se tratar de corrupção, nem pensar, este assunto era abominável para Drº Zalman, não por que ele era perfeito ou gostaria que pensassem que o fosse, mas por que ele foi desafiado na academia de polícia. Drº Zalman era extremamente machista, foi uma delegada que o preparou para assumir o cargo, disse alto e em bom som: “Prestem bem atenção no que eu vou dizer, para cada 10 mulheres corruptas existem 1.000 de delegados corruptos, eu tenho honra de ser mulher, quando eu souber de notícias de delegados corruptos quero percorrer meus olhos em cada nome e saber se algum deles ouviu minha comunicação de hoje; tenho honra de ser mulher”. Naquele dia Zalman jurou que levaria sua honra incorruptível para o caixão, mas nenhuma mulher iria tripudiar sobre sua honra. A esposa do Drº Zalman jamais poderia trabalhar fora de sua casa, ela fazia bordados finíssimos, cuidava de seus dois filhos, fazia trabalho social para carentes e idosos, somente isto. Sua renda extra vinha dos bordados. Com esta renda ela poderia fazer algumas extravagâncias com seus filhos sem afetar o orçamento do marido. Drº Zalman só aceitou esta condição quando seu sogro conversou muito com ele, fez com que entendesse que a mulher não pode passar dias e dias sem fazer nada que lhe rendesse alguns trocados, senão isso faria dela uma mulher medonha, e se um dia DrºZalman viesse a reclamar do casamento por causa destes detalhes, o próprio sogro tiraria Serena e as crianças dali para outra cidade bem distante. Com medo de desestabilizar a sua tão querida família, Drº Zalman abriu mão e na verdade nunca se arrependeu disto. Ao contrário do que se pensava, ele mesmo vai até a capital com sua esposa, não somente para passear com ela, como para ajudá-la a escolher alguns materiais novos para seus trabalhos.
Já eram cinco horas e quinze minutos, Drº Zalman estava muito exausto naquele plantão. Nunca trabalhou tanto numa noite só. Terminaria seu plantão às sete horas então resolveu tomar um café fresquinho que sua escrivã acabara de preparar. Pensou em ligar para Serena, mas lembrou-se que ainda era muito cedo e não queria perturbá-la. Foi tomar seu café tranqüilo numa pequena sacada da Delegacia, as horas pareciam não passar, hoje ele quer conversar pessoalmente com escrivão Benegas e passar o plantão às claras.